28.5.10

Recife

moçada-pele-vermelha não há,
a se escaldar no calçadão.

é brega.

é sotaque. é antigo. é tapioca.
a fina flor - brasilidade.

ponto de encontro aceita tudo,
é céu, é porsche, é loja.

guaiamum-do.
cachaça. a enfeitar miami-holanda.

(existem rios mangues praças bares. onde se bebe o destilado)

afeito aos ares do sudeste
estranha narina e repele
o bafo quente.

desfeito sonhos, se oferecem
a desejar tudo de novo
embaixo das pontes.

Capi-bebê, o ribe. é língua de índio. é papo de indie.
e o pôr do sol, é bolo de rolo.

2 comments:

Malu Machado said...

Tiago,

Com que facilidade você faz versos. Muito bom. Gostaria de sabê-los fazê-los também. Dia desses quem sabe consigo algo apresentável nesta seara. Sou melhor na prosa rs.

Parabéns e vou continuar passando para conferir. Se quiser, faz uma visita no cantinho.

Malu

Léo Souza said...

Enacantador. É Recife, eu vejo daqui.