29.7.12

ossada


titubeia ferino, como um bicho
come, lambe os beiços, ossada
simples, ou indivisível – olha
o que sobra, louça, terçã festa

como possessão, faz santuário
a bico de pena, beberica peito
na ponta dos dedos, caminhada
faz da sola calvário, alma rasgada

idílio de nada serve, meu servo
quando  sono, dorme no azougue
pretere, antes que seja morte
afere o pulso antes que vá em vida

Bansky

3 comments:

Anonymous said...

forte.

Anonymous said...

Ritmada como o batuque de um terreiro, aumenta a cada verso a aflição própria de um mistério que nunca enfim se desvenda.

Luciana said...

O fim do poema é de arrasar... Parabéns!